Desde o período colonial, governantes e a
população de 20 mil habitantes da então Província de São Pedro do Rio Grande do
Sul alimentavam o sonho de construir um teatro que abrigasse com dignidade as
diferentes manifestações culturais.
Com o surgimento de um movimento para a
edificação de um teatro no centro da cap ital
gaúcha, o Presidente da Província, Manoel Antônio Galvão, que em 1833 emitira
uma carta de título de doação do terreno, autoriza em 1847, após a Revolução
Farroupilha, um empréstimo dos cofres provinciais para a construção do Theatro
São Pedro, com projeto de Felipe de Normann.
Polêmicas intermináveis e falta de recursos
seguiram-se ao longo das obras, iniciadas em 1850, e que se arrastaram ao longo
de oito anos.
Finalmente a 27 de
junho de 1858, o público pode conferir uma noite de gala, toda a grandiosidade
da construção que se transformou em um pólo artístico, social e políticio no
país, e teve durante 126 anos circulando pelos camarotes, galerias e palco,
personalidades artísticas como políticos como Getúlio Vargas e Borges de
Medeiros.
Porém, os cupins marcaram uma pausa na
história do teatro, que por pouco não desabou durante um concerto. Então, em
1973 foi fechado, devido às precárias condições de segurança e mau estado.
Seus 1.880 metros quadrados
de área útil foram equipados com todos os recursos modernos, equipamentos
cênicos, serviços hidrossanitários e um moderno sistema de iluminação.
Um mês depois de reaberto, em 1984, o então
Governador Jair Soares assina portaria autorizando o tombamento do prédio.
Com a criação da Fundação Theatro São Pedro,
em 18 de março de 1982, Dona Eva, como é conhecida, foi nomeada pelo Governador
do Estado, Presidente da mesma. E após nove anos de dedicação integral o
Theatro São Pedro é devolvido a comunidade, em 28 de junho de 1984.
O projeto externo do São Pedro foi entregue
por Felipe de Normann em 1852. Recebeu várias críticas, devido ao desacordo
entre a fachada e o conteúdo, refletindo uma excentricidade: olhando de fora
parece ter dois andares, quando na verdade são quatro. Outra curiosidade é que
a platéia do TSP não tem um corredor central, que já teve, mas, depois da
reconstrução, o corredor foi abolido, para que se pudesse distanciar mais as
fileiras de poltronas e melhorar a visibilidade.
Os porões do Theatro São Pedro escondem
labirintos e uma surpresa. As paredes originais do teatro chegavam a medir 2,5 metros de largura, e
eram encarregadas de sustentar todo o prédio. Ainda se pode encontrar trechos
destas paredes, que usavam uma argamassa bem peculiar, uma mistura de estrume,
cal, leite e areia.
Acesse o Site: http://www.teatrosaopedro.com.br
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