A Fundação Iberê Camargo está apresentando a sua sexta
exposição de Acervo. Com curadoria do jornalista e crítico de arte Eduardo
Veras, A linha incontornável: desenhos de Iberê Camargo reúne 110 obras que
percorrem mais de meio século da produção do artista. São 99 desenhos (dentre
os quais se incluem grafites, bicos de pena, guaches, pastéis, esboços e
estudos diversos), sete pinturas, uma gravura e três cadernos de desenho – dos
quais estão disponíveis reproduções que podem ser manuseadas pelo público.
A exposição está dividida em quatro vetores principais, que
se entrecruzam constantemente. O primeiro deles, constituído pelos “desenhos de
formação”, reúne obras criadas durante a infância e a adolescência do artista.
Já os “desenhos urgentes” incluem anotações de caráter momentâneo, criadas
rapidamente e sem nenhum tipo de acabamento, com o intuito de registrar ideias
que pudessem ser esquecidas. Os “desenhos domésticos”, por sua vez, revelam o
interesse de Iberê por cenas cotidianas: são retratos de seu gato, de sua
esposa, da casa onde morava e de outros lugares por onde passava. Finalmente,
há os “desenhos insistentes” – obras mais bem acabadas, que exploram temáticas
recorrentes ao longo de sua trajetória de Iberê, como os carretéis, as
paisagens e as idiotas. Além disso, para fins de comparação, foram incluídas
algumas pinturas e uma gravura para as quais o artista havia realizado estudos
prévios.
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