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sexta-feira, 9 de setembro de 2011

A LINHA INCONTORNÁVEL


A Fundação Iberê Camargo está apresentando a sua sexta exposição de Acervo. Com curadoria do jornalista e crítico de arte Eduardo Veras, A linha incontornável: desenhos de Iberê Camargo reúne 110 obras que percorrem mais de meio século da produção do artista. São 99 desenhos (dentre os quais se incluem grafites, bicos de pena, guaches, pastéis, esboços e estudos diversos), sete pinturas, uma gravura e três cadernos de desenho – dos quais estão disponíveis reproduções que podem ser manuseadas pelo público.

A exposição está dividida em quatro vetores principais, que se entrecruzam constantemente. O primeiro deles, constituído pelos “desenhos de formação”, reúne obras criadas durante a infância e a adolescência do artista. Já os “desenhos urgentes” incluem anotações de caráter momentâneo, criadas rapidamente e sem nenhum tipo de acabamento, com o intuito de registrar ideias que pudessem ser esquecidas. Os “desenhos domésticos”, por sua vez, revelam o interesse de Iberê por cenas cotidianas: são retratos de seu gato, de sua esposa, da casa onde morava e de outros lugares por onde passava. Finalmente, há os “desenhos insistentes” – obras mais bem acabadas, que exploram temáticas recorrentes ao longo de sua trajetória de Iberê, como os carretéis, as paisagens e as idiotas. Além disso, para fins de comparação, foram incluídas algumas pinturas e uma gravura para as quais o artista havia realizado estudos prévios.



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